TEXTO E FOTOS DE MARCIA CAVALLIERI, DO VATICANO
COLUNISTA DE PLURALE
Para muita gente, a lembrança mais memorável do Papa Francisco era a imagem dele rezando sozinho na Praça São Pedro durante a pandemia. Para mim, o que ficará na memória é sua última celebração de uma missa, neste domingo de Páscoa. Depois de ter ficado internado 37 dias e de ter saído do hospital menos de um mês antes da Semana Santa, ele participou do evento por mais de três horas - na praça, depois no balcão ensolarado e ainda eou de Papa móvel entre as mais de 35 mil pessoas, eu inclusive, que enchiam a praça. Fomos muito abençoados por receber sua derradeira bênção.
Marcia e família
Era muito esforço para ele, pensamos eu, meu marido e minha filha - que veio comemorar conosco seus 15 anos na Itália. Mas o que poderia fazer o Papa em seu último domingo de Páscoa, se não estar junto dos fieis e seus iradores? Exerceu sua missão terrena e cumpriu seu último dia de trabalho a serviço do povo católico.
Na manhã seguinte, no feriado de segunda-feira que os italianos chamam de Pasqueta, a notícia de sua agem para o plano astral nos pegou todos de surpresa. Queríamos acreditar que fosse fake news, mas era dia 21 e não 1o de abril. A vida é breve, mas Francisco ficará para sempre em nossos corações e mentes, com humildade e dedicação ao seu propósito maior. A morte não o apagará. Viva o Papa!