TEXTO E FOTOS POR ROSANA DE MORAES, publicitária e escritora
Perdemos hoje um homem que todos pareciam perceber como um amigo, de olhar acolhedor, de humor apurado e doce, de ações efetivas em prol de questões sensíveis, de coração aberto a todos.
Tive o imenso privilégio de um momento de proximidade com Papa Francisco. Em 2021, quando ainda buscávamos a superação dos duríssimos tempos da pandemia, visitei o Vaticano. A multidão era enorme no salão interior da basílica de São Pedro, onde aconteceu o encontro, devido ao mau tempo.
Depois da cerimônia, corri para a fita que delimita o corredor por onde ele aria. Quando chegou bem perto, e eu disse: “Brasil!”, ao que ele respondeu olhando-me nos olhos, simpático e muito sorridente: “Brasil?” e – nem eu acredito! - segurou minha mão.
Muito grata por esse dia inesquecível, que registrei cheia de felicidade no meu livro “Lisboa Inspira”. Minha família é católica e essa sempre foi minha religião. Mas percebo que a grandiosidade de Jorge Mario Bergoglio torna comum a todos o respeito e iração por ele e a tristeza por sua partida.
Ele cumpriu, com leveza e alegria, uma linda missão. O desejo é de que ficasse sempre conosco, mas merece descanso e paz. Obrigada, Francisco!
(*) Rosana de Moraes é publicitária, professora de cursos de pós graduação e autora do livro "O Marketing e a Arte do Luxo na Era da Experiência" (Ed. FGV). Cursou seu doutorado em Ciências da Comunicação em Portugal já na maturidade, experiência que registrou no livro "Lisboa Inspira" (Ed. 7 Letras), mencionado no texto acima.
